Páginas

FACEBOOK

16 de janeiro de 2018

Resenha: filme Fala sério, mãe!, nostalgia da infância


Cresci presenciando os livros de Fala sério, da Thalita Rebolsas, sendo lançados e ver agora a cada ano suas belas obras nas telas do cinema faz perceber o quanto estamos ficando velhos. Além de felicidade e orgulho por acompanhar essa grande autora obtendo ainda mais sucesso.

 O filme, como o livro, foi dividido por 2 partes. A primeira, narradora pela mãe Ângela Cristina durante o desenvolvimento da filha Maria de Lourdes, Malu, até seus 13 anos. Mudando para a segunda, a filha. Mostrando 2 visões diferentes da vida e da evolução das personagens durante os anos.

Assisti ao filme com a minha mãe, que não acreditou o quanto era parecida com a personagem de Ingrid Guimarães ao ver o trailer e viu que fez comigo e o meu irmão alguns dos micos. Por exemplo, quando Malu pede para a mãe deixar longe do portão da escola. Então, um dia o meu irmão pediu o mesmo, indignada acabou deixando ele no final da rua, mas quando ele chegou na porta do colégio ela parou o carro na frente e gritou "mamãe te ama, filhão!!".O MAIOR MICO! Nunca mais pediu, deixava-o na frente da escola todo dia enquanto saia do carro com o capuz na cabeça.

Mãe nunca muda, sempre preocupada demais e querendo o melhor para os filhos. Só reconhecemos depois de mais velhos o quanto eramos desengonçados, irresponsáveis e avoados. Sempre esquecíamos algo, não nos preocupávamos com o perigo e fazíamos cada arte na escola que era digno de bronca do diretor.

Na verdade, as mães acabam vendo os filhos sempre como crianças a serem educadas e protegidas do mundo. Se fosse possível, todas teriam o programa Arkangel, da serie Black Mirror, para monitorar os filhos e evitar as ameaças. Elas também querem nunca deixa-los ir embora e sempre acompanhar todos os passos, momentos e fazer parte integralmente de suas vidas.

Cortar o cordão umbilical acaba se tornando o pior pesadelo delas, não ser mais a total fonte de conforto daquele ser que foi nutrido de amor e nutrientes por tanto tempo. Necessita-se controlar os males do mundo exterior. Deste modo, a ideia de morar em condomínios com muros e dar um celular para saber todos os movimentos da criança acabou sendo uma solução para a sociedade contemporânea.

Porém, toda essa prevenção não é Arkangel, ou seja, não garante 100% a segurança e algum dia a mãe não estará mais presente para falar todos os conselhos que tanto repete. Esse sendo o motivo de fazer todos aqueles micos, justamente para NUNCA esquecer os seus ensinamentos.

Concluímos que Ângela e Malu são metáforas de todos os pais e filhos, tendo cada um a própria historia, mas se assemelham nos mesmos objetivos, vontades e desejos. Além de pelo menos um mico no filme você leitor já tenha passado.

Conte nós comentários uma historia com a sua mãe.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...