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5 de setembro de 2018

Analise: Nação como cobaia da Engenharia Reversa, de Black Mirror


A imprensa vive preocupada em criar monstros e heróis para o povo comprar a ideia de estar dentro de uma historia em quadrinhos ou romances. No Brasil, por exemplo, a historia narrada pelos jornais da Lava Jato, demostra a Policia Federal como os mocinhos e os políticos corruptos como vilões.

Perante esse cenário maniqueísta, a mídia só continua demostrando que devemos desacreditar na política e justiça, com a narrativa que politico só rouba e sai em pune. A nação acredita e não discute, igual no episódio de Black Mirror, que todos acreditam nas baratas. Quem são elas? Pessoas com anomalias do sangue, desprezadas por que o discurso ficou impregnado na mente de todos. São diferentes? Não.

Nação aceita as informações, discute com os amigos para parecer politizado e sai de verde e amarelo na Av.Paulista para tirar uma selfie. Fim. Estamos dentro da historia, mas só consentimos, sabem como isso afeta na vida de todos? 

Sem saber sobre política permitimos a corrupção, permitimos o desmatamento da Amazônia, permitimos o agravamento da desigualdade social e permitimos o preconceito com o outro pela sexualidade, raça e classe. Se continuarmos desse jeito, sem conscientização e interesse por saber mais do que está na nossa cara, seremos como os personagens (todos, principalmente do episodio em discussão) do Black Mirror

Todos os personagens da serie vivem os próprios dilemas e são influenciados pela sociedade moderna do consumo, tecnológica e amarrada nas relações sociais a seguirem caminhos para sobreviverem. Porém essa estrada faz as pessoas continuarem no mesmo ciclo vicioso e continuam tomando escolhas que não as leva a reflexão. Por exemplo, o nosso heroi do do episodio 5 da 3ª temporada, que apesar das suas descobertas escolhe continuar inserido no sistema que manipula e implanta ideias fixas.

No episódio, os soldados do exercito tem um chip implementado no cérebro que os permite ver as "baratas", humanos com rostos distorcidos, que são alvos para matar. Quando o protagonista descobre a verdade, ele sente mal por ter matado pessoas. A solução para o fim do sofrimento é ficar com a verdade ou reiniciar o sistema e continuar ignorante. 

Basicamente foi o que Morfeu ofereceu a Neo, no filme Matrix, a pilula azul (verdade) e vermelha (continuar sem saber). Porém a verdade doí tanto que preferíamos continuar se submetendo ao sistema, esmagando as baratas, ao invés ver a verdade e pensar diferente. Diferente de Neo, o caro protagonista soldado escolheu viver uma mentira ao invés da realidade.
Na sociedade atual, preferimos seguir a escolha do soldado, através do acompanhamento das novidades pelos jornais, como uma novela da rede Globo, estamos nos escravizando com uma rotina cansativa e ideias prontas das noticias e diálogos que fecham a mente dentro de senzalas para continuarem trabalhando do mesmo jeito todo dia. Desse modo, fechamos o nosso pensamento para as pessoas que morrem nas filas dos hospitais públicos, o desemprego que deixa faltar comida na mesa de famílias carentes e as poucas vagas nas faculdades públicas.

Concluindo, deixamos gratuitamente sermos usados de cobaias no experimento de ampliação da ignorância no Brasil e no mundo, através do uso da Engenharia Reversa, usada para pensarmos que estamos escolhendo o certo, mas continuamos na mesma forma de pensamento.

Ps: Se tiver erro de português e coesão por favor me corrijam nos comentários.

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